Maria Rita Mendes Leal, a mulher portuguesa que provou que o desenvolvimento mental nasce e floresce a partir do impulso primário de busca de uma resposta contingente à própria iniciativa. A MULHER portuguesa que mostrou que “eu só ganho vida e sentido adentro da relação com o Outro”. Seria apenas romântico se não fosse um dado científico.
A sua obra deixa a marca na história da psicologia. Dedicou toda a sua vida a aprimorar formas de desenvolver o intercâmbio relacional, onde surgem as novidades culturais que humanizam a criança e a tornam Pessoa.
Só alguém genial e humildemente curioso encontraria nos afetos a fórmula do desenvolvimento humano, sistematizada nos “Passos da Afectologia Genética”.
Citando as palavras da sua última entrevista, o objetivo maior no tratamento de uma criança com autismo é “buscar onde ela está viva”.
E é com o intuito de dar continuidade ao seu trabalho que surge a Escola Rita Leal, onde a inovação reside na introdução de crianças não-autistas no processo de tratamento clínico, por serem mais espontâneas e menos rígidas que os adultos. Estas crianças são treinadas para responderem às tentativas comunicacionais dos autistas, que continuariam inacessíveis sem a devida preparação.